9.8.07
Agridoce
[O Incógnito]
Ele contextualizou, mas como era de se esperar recusei. Era o que eu podia dar na época? Não faço idéia até hoje. Simplesmente recusei – meus argumentos eram mais plausíveis. Ponderei e dei de ombros.
Covardia ou ponderação? Deixo a critério. Sabia que essas senhoras andam em círculos? Eu não, mas aprendi – o tempo é um ótimo catedrático quando o assunto é “mostrar a cada um a capacidade quase inerente de mascarar coisas”.
Os anos passaram em nuvens brancas quando nos reencontramos – maldita circunferência. Lá estava o senhor Incógnito me tomando outra vez. O tema ainda era o mesmo, mas o argumento mudou...
[Pensamento final: Por que não ouvi-lo?]
Enfim, segui a diante com o senhor sinistro e deparei com um conceito novo: o amor.
[Lá vamos nós outra vez]
Meu primeiro amor foi agridoce. Nem um extremo nem outro. Apenas agridoce – disso eu lembro bem, porque esta característica o tornou singular. E que mérito existe em ser agridoce? Nenhum digno de nota – excetuando-se claro minha preferência, a partir daí, por pessoas assim.
Recapitulando minha vida afetiva, posso dizer que tive muita sorte. Todas as pessoas com as quais fiz história foram fantástica e singularmente agridoces.
[Ode aos Agridoces!]
Um dia explico o que é ser agridoce.