12.2.07

Diálogo I


Existência sediciosa, ofertas um coração a este arcabouço sentimentalmente pobre cujas virtudes foram intencionalmente "perdidas"?
Enlevada e auspiciosa ela, almejo que saibas o que perpetras, e principalmente: desta vez, considere a quem.
Não me faça ver chorar quem sorrisos trouxe,
Não me tome como o vil carrasco que mata por deixar viver,
Não improvise meus próprios, antigos e epidêmicos medos,
Não me deixe cobiçar antes de maturar,
Não me deixe cobiçar antes de maturar,
Não me deixe cobiçar antes de maturar...

Diante desta súplica Ela, sim, minha Ela, esboça um sorriso lúgubre e de forma petulante rebate:


_Não me deixaste adentrar a esses domínios por mais de dez anos, assim sendo, não cabem a mim tais responsabilidades. Lembre-se: reino na abstração de tua mente e não na mais simpática de tuas vísceras. Entretanto, sabes que sou muito boa e justa, sendo assim te darei um conselho: drama só fica bonito em película.



Dk.