18.2.07

Monólogo


_ “Não se pode ser flor a vida toda, todas as horas!”
Frase óbvia não?

Mas, acredite: se ofertares um botão, um pobre botão de rosa uma vez na vida, algumas almas desavisadas vão acreditar que depois dele, apresentarás um jardim. E ai de ti se o jardim não aparecer - ou se aparecer com sapos e alguns vermes... Serás destruída por não corresponder a quem “tanta esperança depositou em ti”.
Mas espere, es receptáculo de esperança por ter ofertado um botão? Hora nenhuma mencionaste os teus espinhos? Enganaste o outro?

Ela dá um trago no cigarro, se põe ereta na poltrona e soltando a fumaça devagar, diz serenamente: _Sei que não. Es vaidosa demais para não admitir com orgulho até mesmo os espinhos que tens. Então cale essa culpa!

Se servir, aqui vai uma recomendação:

Nunca deixe de meditar sobre o que chamo de “3° possibilidade empática”: uma parcela considerável dos “Seus Humanos” precisa mentir (auto iludir-se*) para viver melhor... e isso não é culpa sua! Esses tipos iludem-se pelo que é bom, e também – na maioria das vezes – pelo que é ruim para eles. Iludem-se por aquilo que julgam ser sua fonte de vida ou morte; metem quando a mentira, convenientemente, satisfaz anseios. Mentem para todos, mas principalmente, metem para si. Não assuma a responsabilidade de tais mentiras, seja o que es, gostem ou não, reclamem ou não, seja autentica e pare de assumir responsabilidades alheias, já tens responsabilidades demais.

Agora me deixe fumar coração.






(*)proposital