Queria viajar para longe dos homens e das coisas dos homens.
Hm... para um casebre no campo. Perfeito!
Longe de computadores, televisão, carros, caos, telefone... Deus como preciso disso!
A noite iria para o terraço, espalharia ao meu redor uma xícara de café bem forte, carteira de cigarros, caneta e um caderninho - ah também levaria um pacotinho de halls azul ou preto (adoro tomar café com uma pastilha na boca). Deitaria sozinha sobre o chão frio e observaria encantada as estrelas que as luzes da cidade não me deixam ver. Provavelmente escreveria sobre as mesmas e sobre o que senti, pensei e desejei enquanto as observava.
Fatalmente gargalharia das tolices do mundo e também das minhas próprias tolices ao perceber o quão ínfimo são certos problemas perto da grandiosidade do Universo. E também choraria, emocionada com a beleza interativa daquilo tudo.
Ah se eu pudesse abrir meu próprio coração e cerrar meus olhos!
A vida seria mais simples talvez.
O problema é o preço.
Enfim chega de devaneio.